O IAT autuou nessa quarta-feira (14 de maio) a proprietária de uma área rural no distrito de Igrejinha, em Guarapuava, pelo desmatamento ilegal de 45 hectares, cerca de 50 campos de futebol, com erradicação de sub-bosque para exploração econômica. Ela foi multada em R$ 322 mil e vai responder administrativamente pelo crime ambiental. O terreno também foi embargado para regeneração.
O sub-bosque, explica a engenheira agrônoma da regional do IAT de Guarapuava, Caroline Rech, é caracterizado pela vegetação que cresce abaixo da copa principal das árvores em uma floresta, composto por árvores jovens, arbustos, cipós, ervas e samambaias.
“A remoção dessa camada vegetal, seja por corte, queimada ou outros métodos, gera uma infinidade de prejuízos para o meio ambiente, como a perda de biodiversidade, já que plantas e animais dependem dessa estrutura para abrigo, alimentação e reprodução, além de alteração no microclima, aumento do risco de incêndios e degradação do solo, entre outros”, diz a técnica.
Essa foi a terceira grande ação de combate ao desmatamento deflagrada pelo IAT em menos de dez dias. Na terça-feira (06), o órgão ambiental aplicou R$ 2,2 milhões em multas pelo desmatamento de uma área de 244,13 hectares na região Sudoeste do Estado. Na quinta (08), queimadas ilegais resultaram em punições de R$ 7,4 milhões no Norte Pioneiro.
“Esse balanço mostra claramente a forte atuação do IAT, por meio dos nossos agentes fiscais, que estão espalhados por todo o Paraná, mas principalmente nas áreas onde ainda se concentram a maior reserva de vegetação nativa da Mata Atlântica”, destacou o gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Álvaro Cesar de Goes.