O adolescente teve o braço direito amputado após ser atacado por um tigre em 2014, no Zoológico Municipal de Cascavel, no oeste do Paraná.
Ele contou que nunca lamentou o ocorrido, pois sempre buscou ver a situação de uma forma positiva.
“Sou grato por tudo que aconteceu depois. Só tive experiências boas após o acidente, por isso, ele me trouxe bons momentos. Ele me fez perceber certas coisas sobre a vida, me deu muito aprendizado e conhecimentos.”
O acidente aconteceu quando Vrajamany passeava com o pai Marcos do Carmo Rocha. Como responsável pela criança, o pai chegou a ser condenado pela Justiça, em novembro de 2019, mas recorre da decisão.
Um dos pontos positivos que ele destaca é a natação. Aos 15 anos, o adolescente conheceu o esporte como forma de reabilitação e, desde então, é apaixonado pelo mundo debaixo d’água.
Além do ambiente competitivo e desafiador, que encanta o jovem, ele explica que a natação ofereceu oportunidades para mostrar aos outros que é possível seguir diante das dificuldades.
“Muitas pessoas já me disseram que eu as incentivei a começar a nadar, que elas me viram na TV e viram que era possível. Eu acho isso ótimo, porque quero motivar outras pessoas, mostrar que é preciso seguir com a vida.”
Sonho com as Paralimpíadas
O adolescente foi quatro vezes vice-campeão brasileiro e vice-campeão no Open Internacional de 2019. Determinado e dedicado, ele continua focado nos treinos para evoluir na carreira de paratleta.
Em 2020, ele fará o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e pretende fazer biogeografia.