Uma conta que não fecha e cresce a cada ano. Essa é a matemática da droga no Paraná quando o assunto é saúde. O Estado gastou em torno de R$ 52 milhões com tratamento de dependentes químicos em 2018, entre programas como o Serviço Integrado de Saúde Mental do Paraná (SimPr), unidades de acolhimento, leitos psiquiátricos, serviço especializado e custeio. Os números são da Secretaria de Estado da Saúde.
Os dados mostram 5.928 internamentos causados por drogas apenas no ano passado, contra 4.992 de alcoolistas, invertendo uma curva histórica do Paraná e refletindo uma tendência nacional. Daí a importância da campanha “Junho: Paraná Sem Drogas” que será lançada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior nesta terça-feira (4) no Museu Oscar Niemeyer (MON).
Em 2018, no País, foram registrados 36.394 casos de transtornos mentais provocados por uso de drogas contra 35.581 exclusivamente por álcool. Ou seja, atualmente se interna mais por causa de drogas do que por vícios em bebidas segundo levantamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, diz que o maior número de internamentos se dá por causa do uso de drogas, mas lembra que os dependentes de álcool são em maior quantidade. “A questão é que muitos deles não procuram atendimento especializado, não se consideram doentes”, afirma. “O barateamento das drogas ilícitas e o acesso da juventude a drogas sintéticas influenciam nesse aumento”, acrescenta.