quarta-feira, março 06, 2019

Manvailler será ouvido pela Justiça no dia 21 de março sobre a morte de Tatiane Spitzer

          A juíza Paola Gonçalves Mancini, da 2ª Vara Criminal de Guarapuava, marcou para o dia 21 de março o interrogatório de Luis Felipe Manvailer. O interrogatório é a última etapa do processo antes da juíza decidir se o réu vai ou não para júri popular.

Por outro lado, o Diretor do Instituto Médico-Legal (IML), Paulino Pastre, se manifestou nos autos do processo que apura a morte da advogada Tatiane Spitzner e afirma que o translado do corpo para funerária e depois de volta ao IML de Guarapuava não alteram os resultados dos exames periciais. O documento foi assinado no dia 5 de fevereiro e anexado no processo n dia 28 de fevereiro e relata o que aconteceu com o corpo da vítima na noite em que ela teria sido agredida e assassinada pelo então companheiro, o professor Luís Felipe Manvailer.

Pastre foi convocado para prestar esclarecimentos sobre o percurso e deslocamento do corpo de Tatiane e se isso poderia interferir nos resultados dos exames periciais pela juíza substituta da 2ª Vara Criminal de Guarapuava, Heloisa Mesquita Fávaro Freitas.

Segundo o Pastre, ele foi informado pelo chefe administrativo e operacional do IML de Guarapuava na noite dos fatos que o corpo de Tatiane teria sido sido submetido apenas ao exame cadavérico, sem a abertura de cavidades e demais exames obrigatórios e encaminhado para funerária. Ele então teria determinado imediatamente que o corpo da vítima voltasse ao IML imediatamente para uma necropsia completa, incluindo exames complementares de anatomopatológico e toxicológico.

De acordo com o diretor do IML, o translado do corpo de Tatiane para a funerária e o início dos procedimentos no local, que incluiram a introdução de formol no cádaver, não interferiram na produção dos exames periciais.

“O simples translado do cadáver de um local para outro (funerária) e seu imediato retorno ao mesmo local inicial (IML de Guarapuava) não caracteriza quebra da cadeia de custódia. Entre a ida do cadáver à funerária, como do seu retorno imediato ao IML de Guarapuava, nenhuma parte do corpo foi removida ou nele colocado qualquer material que pudesse comprometer a qualidade e a quantidade do material humano em seguida submetido a todos os procedimentos periciais”, afirma Pastre.

No documento, o diretor também afirma que no exame cadavérico, o médico legista responsável, não constatou a fratura do pescoço devido a superficialidade. Entretanto, no exame completo realizado na sequência, a apuração aponta com certeza que a vítima teve uma fratura no osso hioide.