A Justiça Militar determinou que 14 policiais rodoviários estaduais da região de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, acusados de participação em um esquema de cobrança de propina de motoristas em estradas aguardem o julgamento em liberdade provisória com restrições.
Eles estavam presos em Curitiba desde o início de fevereiro, quando o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a operação "Manus Capio", e tiveram a soltura confirmada nesta quinta-feira (5) pelo sistema eletrônico da Justiça.
A Justiça considerou que depois de quatro meses, não há mais razão para que os policiais fiquem presos, porque todas as testemunhas de acusação já foram ouvidas, e os crimes denunciados não são violentos.
Os réus deverão, entre outros, ser afastados das funções, monitorados por tornozeleira eletrônica e não poderão sair de casa.
Crimes
Na denúncia, o Ministério Público relata 37 crimes apurados durante as investigações. Segundo os promotores, havia um esquema organizado para arrecadar dinheiro de motoristas que circulavam pelas estradas da região.
O esquema, aponta a promotoria, era organizado e comandado por um subtenente, responsável pelas escalas e pelas equipes policiais no posto da PRE em Francisco Beltrão.
