
Se o custo-aluno apresentado pelo Tribunal de Contas fosse verdadeiro, a partir de dados fornecidos pela Sefa (Secretaria de Estado da Fazenda do Paraná), a Universidade Estadual do Centro-Oeste contaria com um orçamento mensal de R$ 60.947.133,00, que é o resultado da multiplicação do valor gasto por aluno – R$ 7.761,00, segundo foi divulgado pela imprensa – pelo número de alunos matriculados. Se esse custo mensal fosse multiplicado por 12, que é o número de meses do ano, o orçamento anual da instituição seria de R$ 731.365.596,00. “Esse número, além de irreal, é absurdo”, contestou o vice-reitor da Unicentro, professor Osmar Ambrósio de Souza.
“O nosso orçamento para 2017, de acordo com a LOA (Lei Orçamentária Anual), é de R$ 202.493.514,00. Ou seja, 3,6 vezes menor do que o apresentado pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), a partir do custo-aluno”, emendou.
Nesse sentido, 42% do orçamento anual da Unicentro são destinados ao ensino, 43% são divididos entre pesquisa e extensão, e 15% são destinados ao administrativo. “Simplificadamente, para fazer a conta do custo-aluno”, explica Osmar, “nós precisamos computar os valores relacionados ao ensino e metade do que é relacionado ao administrativo, ou seja, 7% do orçamento. Essa soma deve ser dividida pelo número de alunos que temos matriculados.
O resultado é o custo-aluno médio”. Novamente tomando como base o orçamento da Unicentro para 2017, a soma do investimento em ensino e na administração das atividades pedagógicas é de R$ 99.558.452,38.
Ao dividir esse resultado por 7.247 alunos matriculados apenas nos cursos de graduação presenciais – isto é, deixando de lado, os cursos ofertados na modalidade de Educação a Distância e os cursos de mestrado e doutorado, que também são gratuitos -, obtêm-se, então, o custo-aluno mensal médio de R$ 1.056,48. No ano, esse investimento é de R$ 12.677,76 por aluno. “Pouco mais do que a metade do custo-aluno em uma Universidade do sistema federal de ensino, que é de, aproximadamente, R$ 20 mil”, salientou Aldo.