quarta-feira, novembro 06, 2019

Mandados de busca e apreensão em imóveis de ex-prefeito de Astorga, do filho dele e de agentes

Ministério Público do Paraná (MP-PR) cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em Astorga, Rolândia e Pitangueiras, no norte do Paraná, em imóveis do ex-prefeito de Astorga, Arquimedes Ziroldo, do filho e da nora dele, e de agentes públicos. Eles são suspeitos de enriquecimento ilícito.

Essa investigação é um desdobramento de uma operação realizada pela promotoria no início de setembro que prendeu o ex-prefeito Arquimedes Ziroldo, o filho Daniel Ziroldo e a nora Luciana Ribeiros. Atualmente, os três respondem a uma ação penal em liberdade.

Arquimedes Ziroldo e a defesa do filho dele negam as acusações e disseram que a ação foi desnecessária.

Na primeira fase, as apurações apontaram a formação de uma organização criminosa que atuava na constituição de empresas para fraudar licitações realizadas pelo Consórcio intermunicipal com sede em Astorga (Cindepar).

Desta vez, conforme o promotor Lucilio de Held Júnior, a ação foi deflagrada porque há indícios que apontam que no período que Arquimedes Ziroldo foi prefeito de Astorga, entre 2012 e 2017, ele constituiu empresas em nomes de terceiros e adquiriu imóveis em uma área que, posteriormente, foi incorporada ao município.

“Depois dessa incorporação, todos os setores do município trabalharam para valorizar a área adquirida por Ziroldo, trabalharam para estabelecer um loteamento e na sequência vender os lotes”, explica o promotor.

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas casas do ex-prefeito, do filho e da nora de Ziroldo, em escritórios de contabilidade que pertencem ao filho do ex-prefeito e nas residências de três ex-secretários municipais e de ex-diretor de uma secretaria.

A Justiça ainda determinou a suspensão das atividades de duas empresas envolvidas no esquema, o afastamento de dois agentes públicos e proibiu que o filho ou a nora de Arquimedes Ziroldo constituam novas empresas ou passem essas funções para outras pessoas.

“Há elementos que apontam que são empresas de fachada, constituídas para realização de atos ilícitos. Uma dessas empresas é do ex-prefeito e do filho dele que faz a gestão por meio da empresa de contabilidade da família. Essa empresa investigada está no nome da sogra do Daniel”, destacou o promotor Lucilio de Held Júnior.

Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR) são investigados os crimes de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e enriquecimento ilícito.