O Ministério Público (MP) do Paraná cumpre na manhã desta quarta-feira cinco mandados de prisão temporária e sete mandados de busca e apreensão dentro da Operação Taxa Alta - que apura suposto direcionamento no ano passado realizado pelo Departamento de Trânsito (Detran) do Paraná.
O processo destinava-se ao credenciamento de empresas responsáveis pelo registro eletrônico de contratos de financiamentos de veículos com cláusulas restritivas à venda (anotações de alienação fiduciária, arrendamento, reserva de domínio ou penhor).
São alvos dos mandados, expedidos pela 12ª Vara Criminal de Curitiba, o ex-diretor-geral do Detran, três servidores comissionados que atuavam no órgão e um ex-assessor da Governadoria do Estado. As buscas estão sendo realizadas em residências em Curitiba, Maringá e Brasília, além da sede de uma empresa também em Brasília.
As investigações se referem a agosto de 2018, quando ainda era governador Beto Richa (PSDB). Segundo as investigações do Gaeco, o processo foi manipulado para beneficiar uma das vencedoras. A empresa investigada faturou, entre novembro de 2018 e junho de 2019, cerca de R$ 77 milhões. Um aspecto relevante é que o preço atualmente cobrado pelo serviço (que recai sobre os adquirentes de veículos financiados) é de R$ 350. Entretanto, antes do credenciamento, os custos eram de cerca de R$ 150.
