terça-feira, junho 18, 2019

Policiais Civis e Militares podem entrar em greve no Paraná

Os trabalhadores do setor de segurança pública do Paraná estão mobilizados contra o governo Ratinho Júnior (PSD), que deve enfrentar sua primeira greve a partir do dia 25 de junho. Os agentes penitenciários já sinalizaram a possibilidade de paralisarem as atividades, assim como policiais civis e militares. 

Apesar da Constituição Federal proibir a greve de policiais militares, no Rio Grande do Norte e em outros estados, as corporações já realizaram essa mobilização, mesmo com parecer contrário do STF. Em alguns casos, a greve é disfarçara por associações, normalmente de mulheres de militares que, em tese, impedem a saída das viaturas. 

Michel Franco, representante do Sindicato de Policiais Civis (Sindipol) ressaltou que a categoria está há quatro anos sem reposição da inflação. "Não é se escondendo que ele (Ratinho Junior) vai resolver os problemas do estado. Pedimos algo que é viável. Há condições de pagamento da data-base de 5%", criticou Franco, que acusa o governador de não negociar com os policiais. 

“Estamos no limite. Realizamos oito reuniões com representantes do governo e em nenhuma delas o governador participou, o que demonstra descaso e falta de respeito com os militares”, disse o presidente da Associação da Vila Militar da PM, Coronel Washington Rosa. “O governador Ratinho Junior, quando deputado e mesmo em campanha, sabia da situação dos militares e mesmo assim hoje nos ignora”, observou o coronel.

Segundo o presidente da associação representativa da Polícia Militar, a “situação junto a alguns setores da Polícia Militar está crítica e estamos contornando grupos radicais que ameaçam até fechar quarteis. Não vamos permitir isso em respeito à sociedade e à própria imagem da Polícia Militar, mas o governador precisa nos respeitar e, pelo menos, nos ouvir pessoalmente”, disse.

Por meio de nota, o Governo afirmou que tem intenção de manter conversas com os servidores para encontrar as soluções necessárias e reiterou que, em uma reunião na semana passada, ficou acertado que as negociações seguiriam abertas.