quarta-feira, fevereiro 13, 2019

Após fuga, policiais frustram mais uma tentativa no cadeião de Guarapuava

Uma nova tentativa de fuga da Cadeia Pública de Guarapuava, na madrugada desta terça feira (12), mostra mais uma vez, a necessidade de medidas emergenciais na segurança que também envolve o setor administrativo da 14ª Subdivisão Policial.

De acordo com a Polícia Militar, por volta das 4 horas da manhã soou o alarme indicador de fuga, acionado pelos agentes carcerários de plantão. Um investigador da Polícia Civil e um dos agentes subiram no telhado e flagraram dois presos já fora da galeria, no solário. Eles saíram pelo mesmo buraco aberto na parede da Galeria B, por onde no dia 3 de fevereiro outros 12 já tinham fugido. Os dois presos que tentaram a fuga foram recolhidos e encontram-se na cadeia.

Com uma fuga e outra tentativa registradas em menos de nove dias, a cadeia de Guarapuava se transformou, há muito tempo num estopim. Com superlotação, abrigando mais de 400 presos num local construído para ocupar 166 pessoas. A apreensão de explosivos encontrados com um jovem em Foz do Jordão, cujo objetivo segundo denúncias feitas à polícia, seria explodir o muro e provocar uma fuga em massa, revela que o local precisa ser desativado com urgência.

Para isso, porém, é necessária a construção da Casa de Custódia, cuja estrutura abrigará presos provisórios – que seria a função da atual cadeia – ou seja, que aguardam julgamento e também os condenados em início de cumprimento de pena. O prazo máximo de permanência é até 90 dias, quando serão encaminhados a uma penitenciária.

Em Guarapuava, já existe a área e a autorização da ex-governadora Cida Borghetti (PP), faltando apenas os recursos e a conclusão do repasse da escritura do município para o Estado. A retirada de presos provisórios das delegacias, como é o caso de Guarapuava, é um dos compromissos assumidos pelo governador Carlos Massa Ratinho Júnior durante a campanha eleitoral. Nesta semana a deputada Cristina Silvestri (PPS) deverá se reunir com o secretário da Segurança Pública do Paraná, General Luiz Carbonell, para pedir urgência na liberação da obra.