quarta-feira, janeiro 30, 2019

Júri absolve jovem que matou a própria mãe

Muriell Marshall Madeira, de 25 anos, preso por matar a própria mãe, foi absolvido pela Justiça. O crime aconteceu em novembro de 2017 e julgamento foi realizado nesta terça-feira (29).

A defesa do jovem alegou que ele sofre de esquizofrenia e no dia do crime não sabia da doença. Ele ficou preso do Complexo Médico Penal e sua absolvição recebeu quatro votos favoráveis e três contrários.

CASO

O homem suspeito de matar a própria mãe a facadas na última sexta-feira (10), no bairro Pinheirinho, foi apresentado na manhã desta segunda-feira (13) pela Divisão de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP). Muriel Marshall Madeira, de 24 anos, foi preso em flagrante na cidade de Joinville, em Santa Catarina, enquanto se escondia da polícia na casa do pai.

O crime brutal aconteceu por volta das 15h de sexta-feira (10), quando a polícia foi acionada por vizinhos. De acordo com o delegado Osmar Feijó, ao chegarem à residência, as equipes da Polícia Militar encontraram o corpo da professora Denise Simionatto – de 64 anos – estirado no chão, com golpes de faca. 

Vizinhos informaram à polícia que Denise vivia na casa com o filho, e que o rapaz estava desaparecido desde o crime. Os vizinhos também informaram à polícia que o pai do rapaz mora em Joinville, e que havia chances dele ter fugido para o município para tentar se esconder.

Imediatamente, equipes se deslocaram para Joinville e acionaram a PM local solicitando apoio. Em poucas horas, Muriel foi localizado e preso. Na delegacia, ele confessou e detalhou o crime, dizendo que precisava fazer aquilo para que “as vozes de sua cabeça parassem de falar”. De acordo com a Polícia Civil, Muriel afirmou suspeitar de que sua mãe estivesse planejando matá-lo. Por isso, para se defender, comprou uma faca de cozinha de lâmina lisa e partiu para cima da professora, enquanto ela dormia no sofá da casa. Após desferir os golpes, Muriel admitiu ter tentado arrastar o corpo para o banheiro, para “não sujar o chão da sala”.

Ao perceber que não conseguiria mover o corpo da mãe até o box, Muriel pegou alguns pertences e se dirigiu ao Mercado Municipal, onde – em um telefone público – deixou a faca com a qual tinha praticado o crime. Em seguida, ele foi à Rodoviária para pegar um ônibus para Joinville, onde foi preso horas depois. Na sede da DHPP, em Curitiba, Muriel não quis se pronunciar. Disse apenas que “teve seus motivos” e que “ali estava sendo criado um monstro”.