sexta-feira, novembro 30, 2018

Defesa pede adiamento e julgamento da apelação de Carli Filho fica para próxima semana

 O julgamento da apelação da sentença do guarapuavano e ex-deputado estadual, Luiz Fernando Ribas Carli Filho, que deveria ocorrer nesta quinta feira (29) no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), ficou para semana que vem. Isso ocorreu porque os advogados de Carli Filho utilizaram uma prerrogativa regimental, que permite pedir o adiamento para que o processa tenha prioridade na próxima sessão de julgamento, que ocorrerá na 1ª Câmara Criminal. Segundo informações apuradas pela Gazeta do Povo, nesta quinta (29), o processo estava em quarto na pauta.

Com o pedido, o processo será julgado na próxima quinta (6). O requerimento da defesa foi aceito pelo relator do caso, o juiz substituto Naor Rottoli de Macedo Neto, que está no lugar do desembargador Telmo Cherem.

DESDOBRAMENTOS

No julgamento, os desembargadores do tribunal irão analisar se o cálculo da pena a ser cumprida por Carli Filho foi adequado. Em fevereiro, no júri popular em que foi condenado, Carli Filho foi sentenciado a 9 anos e 4 meses de prisão pelo juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar. A defesa pede que a pena seja reduzida para 7 anos, enquanto o Ministério Público de primeira instância pediu que o período seja maior, de 14 anos. O MP de segunda instância, por sua vez, sugeriu que a punição seja de 10 anos e 11 meses.

Se os desembargadores decidirem que a pena deve ser menor do que 8 anos, Carli Filho terá direito a cumprir toda a pena em regime semiaberto – ou seja, passar o dia em liberdade e dormir na prisão. Como esse tipo de regime tem poucas vagas – e está sendo extinto de forma gradativa no Estado -, é provável que o ex-deputado tenha que usar tornozeleira eletrônica, sem precisar ser preso efetivamente.

O CASO

Em 7 de maio de 2009, durante a madrugada, o guarapuavano Carli Filho dirigia embriagado e em alta velocidade em Curitiba quando colidiu com o veículo em que estavam Carlos Murilo de Almeida e Gilmar Rafael Yared, que morreram na hora. Depois de uma série de adiamentos e outras estratégias para protelar o julgamento, o caso foi a júri popular no final de fevereiro deste ano, quando foi condenado a 9 anos e 4 meses de prisão.