terça-feira, setembro 11, 2018

Joel Malucelli também tem prisão decretada pela Justiça

Além do ex-governador e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB), a ex-primeira dama Fernanda Richa, e os ex-secretários Deonilson Roldo e Pepe Richa, irmão do ex-governador, também tiveram prisão decretada o ex-secretário de Cerimonial Ezequias Moreira, e o empresário e suplente de Senador Joel Malucelli (PSD), fundador do grupo J.Malucelli no Paraná , um dos empresários mais ricos do Brasil.

As informações atualizadas, porém, dão conta que Joel não estaria em casa no momento da chegada dos policiais. O pedido de prisão é temporário, ou seja, de até cinco dias.

O Gaeco ainda levou preso Luiz Abib Antoun, primo de Beto Richa, que foi detido em Londrina, no norte do Paraná, nas primeiras horas da manhã.

Até o momento, a defesa de nenhum dos citados se manifestou à imprensa. Conforme informado por fontes ao 24H, as prisões foram cumpridas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná. Policiais cumprem mandados de busca e apreensão no Palácio Iguaçu e na casa de Beto Richa, em um condomínio de luxo em Curitiba.

A investigação do Gaeco é sobre o programa Patrulha do Campo, e a operação foi batizada de “Rádio Patrulha”. As empresas Cotrans, Ouro Verde e J. Malucelli são investigadas por fraude no programa, que faz a manutenção de estradas rurais no interior do estado.

OPERAÇÃO PILOTO

Além da operação do Gaeco, Richa também é alvo da nova fase da Lava Jato, batizada de ‘Operação Piloto’, que foi deflagrada nos estados da Bahia, São Paulo e Paraná para investigar contratos da Odebrecht. Aproximadamente 180 policiais federais cumprem 36 ordens judiciais em Salvador, São Paulo, Lupianópolis (PR), Curitiba e Colombo, na região metropolitana da capital.

O objetivo da investigação é a apuração de suposto pagamento milionário de vantagem indevida no ano de 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, em favor de agentes públicos e privados no Estado Paraná, em contrapartida ao possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada.

As condutas investigadas podem configurar, em tese, os delitos de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.

O nome da operação remete ao codinome atribuído a Richa pela Odebrecht em seus controles de repasses e pagamentos de propinas investigados pela PF. Todos os detidos estão na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba onde permanecem à disposição da justiça.