terça-feira, setembro 11, 2018

IML justifica extensão do prazo para laudo da necropsia do corpo de Tatiane


O Instituto Médico Legal (IML) do Paraná manifestou-se sobre a justificativa para prorrogação do prazo do exame anatomopatológico sobre a morte da advogada guarapuavana Tatiane Spitzner, ocorrida em 22 de julho, após sofrer uma queda da sacada do quarto andar do prédio onde residia com seu então esposo Luís Felipe Manvailer, que está preso acusado por feminicídio, fraude processual e cárcere privado.

No ofício repassado ao Ministério Público (MP), o Instituto aponta motivos técnicos para a elasticidade do prazo para entrega do laudo de necropsia. No documento, a equipe do IML aponta que, para a execução do exame anatomopatológico, “há amostras de tecido ósseo e estas necessitam de processo de descalcificação lenta, antes de serem submetidos à análise histológicas”, diz o documento.

Em resposta, o IML informa, ainda, o encaminhamento do laudo toxicológico, cujo parecer ainda não foi divulgado. Com a manifestação do Instituto, o caso de Tatiane segue, ainda, com o laudo de necropsia como faltante no processo. Não há previsão de quando este documento será liberado.

Passados mais de 50 dias da morte de Tatiane, a Justiça tem em mãos o laudo pericial do local de morte, que mostra que a advogada teve fratura no pescoço, característica de quem sofreu esganadura. Além dele, em 31 de agosto foi anexado ao processo o resultado do laudo pericial referente a reprodução simulada da queda de nível, realizada em 27 de julho, no apartamento do casal. A intenção da simulação foi delinear a forma na qual Tatiane Spitzner teria sofrido a queda da sacada.

Mesmo perante a divulgação do laudo de simulação de queda, os profissionais responsáveis pelo exame apontam a importância e necessidade da conclusão do laudo de necropsia para o posicionamento final, entre as duas possibilidades apontadas. “Caso subsistam elementos médico-legais para atestar, com o devido rigor técnico-científico, o estado ou condição da vítima antes da queda”, diz o documento.