segunda-feira, julho 30, 2018

Mudança no cenário deve ter candidatura de Cristina Silvestri a REELEIÇÃO

A semana será decisiva para as definições na composição de alianças e das candidaturas às eleições de outubro deste ano, já que o prazo final para as decisões acaba no sábado (4) e o cenário local deve tomar outro rumo.

Em Guarapuava, a ausência do ex-deputado estadual Bernardo Ribas Carli abriu um vácuo que pode levar à perda da representatividade na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Até a atual gestão, o município possuía três deputados: Artagão Júnior (PSB), Bernardo Carli (PSDB) e Cristina Silvestri (PPS). Entretanto, a saída de Cristina com a pré-candidatura à Câmara Federal e a morte de Bernardo, deixam apenas Artagão Júnior na Alep, até o final deste mandato. Apesar da candidatura já homologada do médico Antenor Gomes de Lima (PT) a deputado estadual – e de outras que ainda poderão ter a confirmação em convenções -, a continuidade do bom trabalho que vinha sendo feito por Cristina Silvestri na Alep foi um dos motivos para que a sua candidatura a federal começasse a ser reavaliada.

Para se ter uma ideia da importância do trabalho político que a deputada exerce, a compilação de projetos de leis, aprovados e sancionados pelo Governo do Estado, sob a sua intervenção direta, valorizam a questão de gênero (Botão do Pânico), o esporte (Pescas esportiva como evento oficial do Paraná), Guarapuava como capital da cevada e do malte, proibição da exploração do gás de xisto no Estado e outros. Ao todo são 11.

O levantamento aponta, também, investimentos na agricultura, saúde, segurança, meio ambiente, infraestrutura, desenvolvimento urbano, entre outras áreas, totalizando R$ 7.755.086.37 em viabilização de recursos pela parlamentar.

UNIÃO DE NÚCLEOS POLÍTICOS

Outro ponto que deve ser levado em conta e que deve ser considerado o “peso-pesado” nessa decisão é o momento histórico para Guarapuava que convive, pela primeira vez, com a união de núcleos políticos que sempre foram opostos. Nos últimos anos, a articulação política, que envolve também o prefeito Cesar Silvestri Filho (PPS), une nomes tradicionais da política local como as famílias Mattos Leão, Ribas Carli e Silvestri. O resultado colocou Guarapuava no mapa do Governo do Paraná, aproximando o então governador Beto Richa (PSDB) do município, resultando na implantação do Hospital Regional (R$ 54 milhões), Centro de Especialidades (R$ 9,2 milhões), implantação do curso de medicina na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), duplicação de parte da BR-277, no perímetro urbano de Guarapuava, no valor de R$ 25 milhões para 6,7 quilômetros; duplicação de 3,4 quilômetros da PR-466 (cerca de R$ 27 milhões); construção da ciclovia e recuperação de 22,7 quilômetros da PR-540, em Entre Rios; R$ 132 milhões em obras executadas pela Sanepar, segundo a assessoria, entre outros.

São conquistas históricas que estavam sendo reivindicados há décadas e que só foi possível à soma de forças políticas. Por isso, neste momento, nada mais necessário de que haja discernimento por parte dessas lideranças para que esse ambiente de harmonia política não seja interrompido e que os espaços sejam respeitados com o retorno natural de Cristina à Alep. A convenção do PPS está marcada para esta quinta (2), em Curitiba.

Já o prefeito Cesar Filho terá à sua frente o desafio de coordenar o apoio à sua mãe Cristina, ao mesmo tempo em que apoia também a candidatura à reeleição do deputado estadual Artagão Junior (PSB), mantendo a harmonia e fortalecendo os vínculos políticos que estão fazendo a diferença no desenvolvimento do município. À Artagão Júnior a tarefa é fácil. Basta entender e aceitar a substituição do projeto inicial deliberado em consenso para que Guarapuava tenha uma bancada forte na Alep.