sábado, março 31, 2018

Cooperativas investem R$ 11,5 bi no Paraná

As cooperativas paranaenses estão entre os maiores impulsionadores do crescimento econômico do Estado. Somente no ano passado, por exemplo, o faturamento das pouco mais de 220 cooperativas filiadas à Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) passou a marca de R$ 70 bilhões. Para os próximos três anos, a meta é crescer mais de 10% a cada 12 meses, para ser possível atingir a meta de R$ 100 bilhões movimentados no período de um ano. 

O presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, destacou que, nos últimos cinco anos, o valor aplicado pelas cooperativas em investimentos, em todo o estado, se aproximou de R$ 11,5 bilhões. Isso corresponde a uma média de R$ 2,3 bilhões por ano, desde 2013.

Como explicou Ricken, a maior parte dos investimentos foi aplicado em projetos de industrialização, armazenagem da safra, logística, distribuição e Tecnologia da Informação. Parte desses investimentos foram aplicados na Região dos Campos Gerais, passando dos R$ 500 milhões. Somente a Unidade Industrial de Carnes da Alegra Foods, por exemplo, em Castro, fruto da Intercooperação (Castrolanda, Capal e Frísia), já soma investimentos de aproximadamente R$ 300 milhões. Outro investimento da intercooperação foi do Moinho Herança Holandesa, em Ponta Grossa, cujo aporte passou dos R$ 65 milhões. 

Houveram outros investimentos independentes, como o de R$ 40 milhões da Frísia, na Unidade Produtora de Leitões, em 2015. A mesma cooperativa realizou investimentos em novas sedes, em Carambeí e em Tibagi. Em 2013, a Capal anunciou o aporte de R$ 60 milhões em uma fábrica de rações. Fora do ramo do agronegócio, mas do financeiro, a Sicredi Campos Gerais investiu, apenas em sua nova sede, em Ponta Grossa, cerca de R$ 33 milhões. Valor que supera os R$ 40 milhões, com novas agências e revitalizações, desde 2013. 

Diante desse cenário, o presidente da Ocepar ressaltou a relevância das cooperativas, consideradas modelo em âmbito estadual. “Suas diretorias e cooperados decidiram, de forma unânime, aglutinar esforços em torno de projetos agroindustriais. Modelo que vem despertando interesse de muitas outras cooperativas. Por meio da intercooperação, elas proporcionaram mais opções de atividades diversificadas para o produtor, em projetos de pecuária e agricultura. E, no final do ano passado, deram outro passo importante: a criaram a marca institucional Unium, que acompanhará todos os produtos comercializados”, destacou Ricken, falando sobre a Capal, Castrolanda e Frísia. 

Cooperativas superaram crise

De acordo com Ricken, em 100 municípios paranaenses, as cooperativas são as principais empresas, gerando emprego, renda, e distribuindo riquezas. Ele acrescentou que o agronegócio tem participação de 30% no PIB Estadual, e que no momento de crise, houve a superação. “As cooperativas conseguiram passar bem pela crise econômica porque, nos bons momentos, preocuparam-se em planejar e investir. Toda crise tem reflexos profundos na sociedade, e as organizações do cooperativismo não estão imunes às consequências da retração na economia. O desafio é buscar novos mercados e manter forte atuação institucional”, revelou à publicação, acrescentando que as cooperativas do Estado comercializam produtos para mais de 100 países.