quarta-feira, fevereiro 28, 2018

Contas de Edgar Bueno são reprovadas por vereadores


Com 14 votos contra e cinco votos a favor do parecer do TCE, as contas do ex-prefeito Edgar Bueno referentes a 2013 foram reprovadas pelos vereadores de Cascavel.

A Lei da Ficha Limpa prevê que gestores
 com contas reprovadas não possam 
ser eleitos por oito anos. 

O Tribunal de Contas apontou que Edgar pagou INSS em atraso, usou recursos para pagar itens com finalidade diferente e ainda apontou diferença em valores do FPM, ICMS e recursos de Itaipu. Mesmo assim, a orientação do TCE foi para que as contas sejam aprovadas com ressalvas.

Em sua defesa Edgar disse que a grande maioria dos municípios do Paraná tem ressalvas nas contas. Ele lembrou que num futuro próximo os mesmos vereadores terão que apreciar as contas referentes ao primeiro ano da gestão de Paranhos.

"Com certeza o parecer do Tribunal de Contas do Estado terá ressalva. Se vier um parecer com ressalva, como vota a bancada de vereadores que hoje quer cassar minhas contas? Como votará daqui um ano? Este é um questionamento que me deixa curioso", ironizou.

Ele citou que as contas das eleições de Paranhos também foram aprovados com ressalvas. Edgar disse que a reprovação seria uma tentativa de o excluir da política.

"No AI5 se você queria tirar um político da frente você mandava cassar, na Coréia do Norte manda fuzilar, aqui em Cascavel manda reprovar as contas"

Vereadores relataram que foram procurado com o pedido para mudar o voto, a favor de Edgar Bueno.

Pedido de adiamento

O vereador Jorge Bocasanta falou que tem dúvidas sobre as contas do ex-prefeito Edgar Bueno. Ele levantou itens que não são citados no parecer do TCE, como supostas irregularidades no pagamento de horas-máquina e horas-extras. Ele pediu que a votação fosse suspensas para que o TCE responda às perguntas. O pedido no entanto foi rejeitado. 

Os ânimos ficaram exaltados e ex-prefeito e vereador trocaram acusações. O prefeito ficou irritado com o vereador e disse que as contas de Bocasanta das últimas eleições também teriam ressalvas. Ele também atacou o vereador com uma indireta referente ao caso de 2014 que o parlamentar, que também é médico, teria tirado férias do trabalho na UBS sem autorização do município.

"Não tenho medo de CPI de horas-extras, horas máquinas, podem fazer o quanto quiser. Se alguém ganhou é porque trabalhou. Nós trabalhamos até no final de semana", disse.